13/03/2024 09h05 - Atualizada em 19/11/2024 16h20 Por Aline Miranda
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Começa, nesta quarta-feira (6), o trabalho em campo de uma força-tarefa da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em Portel, no Marajó. O foco da iniciativa é destravar o acesso ao crédito rural para extrativistas de açaí.
Na terça-feira (5), dois engenheiros agrônomos e um sociólogo da Emater, de escritórios próximos e do escritório regional, chegaram ao município para incrementar a equipe institucional local. Desde então, junto com três técnicos em agropecuária da prefeitura de Portel, os especialistas encontram-se em treinamento intensivo, a fim de alinhar e atualizar a documentação, resolvendo as pendências.
Até esta sexta-feira (8), a equipe quer elaborar 25 projetos destinados à captação dos recursos para os trabalhadores rurais das comunidades ribeirinhas. O objetivo é acessar às linhas A e Floresta do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O valor total a partir do Banco da Amazônia (Basa) gira em torno de R$ 800 mil.
Cada ribeirinho receberá dinheiro suficiente para manejar de imediato quatro hectares de açaizal nativo, com acompanhamento da Emater sobre tratos culturais, como limpeza de área e desbaste calculado, e gestão do empreendimento, como contabilidade e alternativas de comercialização. De acordo com a Emater, o manejo pode triplicar a produtividade dos açaizais, em comparação ao extrativismo sem qualquer intervenção.
Para o supervisor do escritório regional da Emater no Marajó, Alcir Borges, sociólogo pós-graduado em Gestão Pública e Sociedade, a força-tarefa faz parte do diálogo permanente entre o governo do Estado e o povo marajoara: “Esta é mais uma resposta eficaz da Emater às demandas dos extrativistas do Marajó, no sentido de fortalecermos a cadeia produtiva do açaí, uma tradição de cultura alimentar e uma inestimável fonte de renda. Aqui nos cabe uma reunião de esforços para impulsionar o acesso a essa política pública tão importante, que é o crédito rural. O capital permite o empreendimento, a difusão tecnológica e a profissionalização dos negócios”, aponta.
Texto de Aline Miranda