Piscicultura garante peixe na Semana Santa no Marajó


Somente neste domingo (5), sete toneladas de tambatinga saíram de Gurupá com destino ao município de Breves


06/04/2020 15h45 - Atualizada em 11/09/2024 04h49
Por Emater Pará

Mesmo com as dificuldades provocadas pela pandemia da Covid-19, não vai faltar peixe na Semana Santa, na região do Marajó. Nesse domingo (5), famílias piscicultoras de Gurupá, atendidas pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), embarcaram sete toneladas de tambatinga para a região de Breves.

Além de abastecer a cidade de Gurupá, municípios vizinhos também estão sendo beneficiados. O incentivo mais aprofundado da Emater para a piscicultura começou há cerca de uma década, permitindo, inclusive, que muitas famílias migrassem da extração ilegal de madeira e pudessem mudar de vida.

“Eram pessoas que se sustentavam de serrarias ilegais, viviam no limite. Hoje podemos dizer que a piscicultura é um destaque na agricultura familiar de Gurupá. É uma atividade que envolve desenvolvimento sustentável, segurança alimentar, diversificação da propriedade, geração de trabalho e renda”, exalta o chefe do escritório local da Emater, o engenheiro florestal Ted Fonseca.

Os irmãos Onésimo e Onelson de Jesus e os irmãos Alberto e Raimundo Morais, todos moradores da Vila Moju, criam peixe em tanque escavado e aproveitam a lateral das estruturas para cultivo de banana, goiaba, limão, maracujá, para complementar renda.

De acordo com dados da Emater, o lucro com piscicultura em Gurupá tem sido no mínimo de 40% e o faturamento anual de alguns produtores já alcança os R$ 200 mil. Com crédito rural da linha Mais Alimentos, intermediado pela Emater e liberado pelo Banco do Brasil (BB), o futuro é a expansão imediata dos negócios. 


Texto: Aline Miranda

Fotos: Acervo/Emater