Parceria entre Emater e Banpará fortalece crédito rural em São Domingos do Capim

Projetos são de açaí e mandioca

08/10/2024 12h35 - Atualizada em 21/10/2024 15h54
Por Aline Miranda

De junho a outubro, por meio de projetos do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), quatro agricultores de São Domingos do Capim, na região Guamá, receberam um total de cerca de R$ 115 mil de crédito rural do Banpará-Bio, linha do Banco do Estado do Pará (Banpará), para fortalecer e expandir a produção de alimentos no município.


Edinilson Borges, de 37 anos, da comunidade Jurujaia, está utilizando os recursos para plantio e beneficiamento de mandioca. Já Kildere Pina, de 33 anos, e Raimunda Zinalva Freitas, de 56 anos, ambos da comunidade Monte Sião, e Rosana de Maria Nogueira, de 45 anos, do bairro Ponto Certo, investem no manejo de açaizais.


Para a chefe do escritório local da Emater em São Domingos do Capim, a técnica agrícola Nara Cíntia Batista, a afinidade entre Emater e Banpará significa vantagens imediatas para a agricultura familiar: “Só o fato de o Banpará possuir agências em todos os municípios já dispensa o agricultor de deslocamentos consideráveis, por exemplo. O processo todo se facilita e se acelera. Na prática, é a efetivação de políticas integradas em nível de Governo do Estado”, diz. 


O gerente-geral da agência do Banpará em São Domingos do Capim, Edielson Santos, também técnico em agropecuária, corrobora: “Somos um município constituído 70% de zona rural. Nossa atuação tem mudado o olhar para as demandas do campo, inclusive com visitas in loco às agrovilas. O Banpará está presente de verdade. O agricultor familiar, além de bom pagador, transforma o crédito rural em riqueza. Muitos outros projetos em parceria com a Emater virão. A parceria é imprescindível”, pontua. 


Oportunidade


No Sítio Nazaré, às margens do rio Guamá, Rosana de Maria Nogueira contempla os cerca de oito hectares de açaí já calculando o aumento de área orientado pela Emater. “Vamos dobrar”, afirma. Atendida pelo Órgão há duas décadas, Nogueira recebeu R$ 16 mil no fim de outubro com o objetivo de concretizar os planos. Ela mora com o marido Marcos, de 39 anos, e os três filhos: Ingrid Mily, de 24 anos; João Vitor, de 19 anos, e Isabela, de oito anos. 


A família consome pelo menos cinco litros de açaí por dia, junto com a comida do almoço e do jantar - ou charque, ou peixe frito ou ovo frito: sempre com farinha d’água e sem açúcar. O restante da colheita é comercializado nas redondezas e chega a alcançar os mercados de Belém e de Mosqueiro, distrito da Capital.


Para a agricultora, o crédito é uma “oportunidade”: “A gente pensa que o recurso é uma ferramenta importante para qualquer empreendimento, porque ajuda a estruturar”, relata.