No Marajó, acompanhamento da Emater ajuda a fixar jovens no campo

Acesso a políticas públicas, como crédito rural, incentiva extrativistas a perpetuar tradição

17/07/2024 12h23 - Atualizada em 05/09/2024 09h21
Por Aline Miranda

Em São Sebastião da Boa Vista, no Marajó, jovens agricultores estão conseguindo manter a tradição do negócio rural com o apoio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater).


Uma das estratégias é a política pública de crédito. Pela injeção de recursos em ideias direcionadas de modelo de gestão e empreendedorismo, as novas gerações passam a trabalhar com atualização tecnológica e garantia de lucro.  

Só  nesta semana, por exemplo, 18 apanhadores de açaí, a maioria entre 18 a 25 anos, assinaram contratos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), via Banco da Amazônia (Basa), para receber R$ 4 mil reais cada um.

Os projetos elaborados pela Emater visam ao manejo de açaizais nativos, sobretudo na região do rio Guajará. Com intervenções calculadas, como inventário florestal e o desbaste seletivo de touceiras, em três anos a produtividade pode dobrar, de acordo com estimativa dos especialistas da Emater.

As propriedades situam-se quase todas em duas comunidades: Santa Isabel e São Sebastião. Crescendo, casando e tendo os próprios filhos, os jovens titulares herdam pedaços das terras dos pais, em um processo típico de sucessão na agricultura familiar. 

“São famílias que já possuem uma iniciação no manejo, sob a orientação da Emater, que inclusive promove capacitações contínuas. Os projetos de agora intensificam a atuação sobre um hectare em cada propriedade”, indica a chefe do escritório local da Emater em São Sebastião, Bruna Paula dos Santos, técnica em agropecuária.