13/08/2020 18h05 - Atualizada em 13/11/2024 10h32 Por
O dia de campo promovido pela Emater para 25 agricultores de Almeirim abordou a produção, o manejo, pragas e doenças do cacaueiro Foto: Emater / Ascom
Vinte e cinco agricultores de Almeirim, na região oeste, participaram de um dia de campo na comunidade Santa Luzia do Taiassuy, distante 120 km de sede do município, em 11 de agosto, sobre cacau de várzea, em ação do escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater).
A região tem grande potencial para este tipo de plantio, que ocorre em áreas de inundação periódica pelas águas doces dos rios. O objetivo foi a partilha de conhecimentos acerca da cultura do cacau e a expansão da produção.
Dados da Emater apontam que cerca de 50 agricultores já trabalham com a cultura do cacau de várzea na região e, a partir do dia de campo, espera-se que outros trabalhadores dediquem-se ao plantio do fruto.
Dos 25 participantes, 10 já recebem assistência técnica direta do escritório local. Todos receberam informações sobre o cenário atual e perspectiva do cacau no estado e município; produção e prática de manejo; além de orientações sobre pragas e doenças do cacaueiro.
“O escritório local desenvolveu um cronograma de visitas e de ações para os agricultores que moram em locais distantes do centro de Almeirim, possam ter acesso à uma série de atividades de Assistência Técnica Rural (Ater) que possibilita conhecimentos sobre plantar, colher, e combater pragas, por exemplo. E, a partir do plantio, acesso a políticas públicas, além de apoio e incentivo para produzir e melhorar a produção, para futura comercialização”, explicou Elinaldo Silva, técnico em agropecuária e chefe local da Emater em Almeirim.
Foto: Emater / Ascom
Entre os objetivos das ações de Ater no município, para a cultura do cacau em várzea estão: melhorar qualidade de produção (com a seleção de sementes), implantação de viveiros de mudas, prática de manejo, controle de pragas e doenças, plantio adequado, georeferenciamento das áreas cultivadas, financiamento de projetos de crédito, fermentação das amêndoas, comercialização, instalações de secagem e armazenamento.
O técnico Elinaldo Silva frisou que “o importante é dar condições para que o agricultor tenha uma produção de qualidade, para comercializar seu produto e gerar renda para sua família. Para isso, é necessário capacitar produtores, emitir documentação de propriedade, compartilhar conhecimento técnico sobre a cultura e criar vínculo com o produtor”.
O dia de campo na comunidade Santa Luzia do Taiassuy foi realizada em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), Fundação Jari e Cooperativa dos Produtores Extrativistas de Madeira de Almeirim e Região (Coopma).
LIDERANÇA
Em 2019, a produção do fruto cresceu mais de 17% e chegou a quase 129 mil toneladas de amêndoas, o que representou mais de 51% de toda a produção nacional, deixando a Bahia em segundo lugar. Com papel fundamental neste processo, a Emater tem reforçado o apoio técnico junto a produtores do Estado oferecendo orientação, organização social e acesso a projetos de crédito rural. Também oferece treinamentos e faz visitas técnicas às propriedades, com foco no aumento da produção e da produtividade.