Emater indica potencial de mais de R$ 2 milhões de crédito para agricultores de Portel

O escritório local está elaborando uma proposta com base em 50 famílias. As atividades sugeridas são plantio de hortaliças, criação de pequenos animais, manejo de açaizais nativos e pecuária. 

06/08/2020 13h48 - Atualizada em 10/11/2024 09h23
Por Aline Miranda

O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Portel, no Marajó, está organizando uma demanda imediata de crédito rural para pelo menos 50 famílias agricultoras, o que representaria um total de mais de R$ 2 milhões a ser investidos em cadeias produtivas fundamentais na socioeconomia do município.


A proposta inicial, ainda em fase de elaboração e sem linhas de financiamento ou banco definidos, contempla 13 famílias da comunidade Prainha do Acutipereira, para plantio de hortaliças e criação de pequenos animais; 22 famílias da comunidade Sobradinho, para manejo de açaizais nativos, e 15 famílias do Rio Aruanã, para pecuária.


Doze das famílias selecionadas na Prainha são comandadas por mulheres, a receber o dinheiro diretamente em seus nomes.


Considerando-se contratos individuais, a indicação é de R$ 5 mil para hortas e pequenos animais, R$ 15 mil para açaí e R$ 120 mil para pecuária.

 

A injeção de recursos na zona rural é uma das movimentações que podem ajudar a transformar a realidade coletiva de Portel, município que figura entre 15 piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil no ranking da Organização das Nações Unidas (ONU).


Alguns dos desafios, porém, são titulação de terras e alinhamento às políticas públicas disponíveis.


“São projetos embrionários que serão contextualizados à capacidade e à possibilidade. Identificamos o potencial e a necessidade. É um trabalho de sistematização de dados e estudo das circunstâncias. A partir daí, a Emater e instituições públicas parceiras conjugam esforços para ajustar soluções", explica o chefe do escritório local da Emater em Portel, o técnico em agropecuária Jocimar Mendonça.

De acordo com ele, "a expectativa é que até o começo do ano que vem já sejam estabelecidos os primeiros encaminhamentos ”, diz.