Na comunidade Aracy, em Santa Bárbara, na Região Metropolitana de Belém (RMB), o apoio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) está contribuindo para alavancar a microempresa de floricultura da família Cordeiro.
O casal João, de 29 anos, e Tatiane, de 27 anos, acaba de receber a segunda parcela do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais (Fomento Rural), no valor de R$ 2 mil, para melhorar a estrutura do viveiro Morena Flor (instagram @Mor.enaflor26). A primeira parcela, de R$ 2 mil e 600, foi repassada em 2024. O dinheiro é depositado diretamente na conta-bancária vinculada ao Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).
Na área do Morena Flor, constam duas estufas, com 15 mil plantas envasadas, no total. O carro-chefe é bougainville. As flores são vendidas na própria propriedade, para consumidores finais, e também para lojistas da capital Belém e cidades-satélite.
“Começamos no pátio de casa e hoje conseguimos subir o nível do produto, do serviço e do mercado. A gente percebe o sustento deste trabalho e ainda pretende aumentar e aperfeiçoar mais, porque o caminho é próspero. A atuação da Emater, junto com a gente, faz toda a diferença”, indica Tatiane.
A comunidade Aracy em si já vem se constituindo um pólo de floricultura ornamental e tropical: no entorno do Morena Flor, existem pelo menos outros sete empreendimentos, de parentes e vizinhos.
Programa
O Fomento Rural é uma parceria entre o Governo do Pará, representado pela Emater, e o governo federal, representado pelos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Cidadania (MC). O objetivo é incentivo sociofinanceiro a iniciativas de produção e comércio de moradores da zona rural e periurbana considerados em situação de pobreza ou extrema pobreza, ora dependentes de bolsa-família.
Em Santa Bárbara, participam 21 famílias de cinco comunidades (Além da Aracy: Ana Júlia, Expedito Ribeiro e Lagoinha) e do assentamento federal Abril Vermelho. Os projetos tratam de cultivo de hortaliças, criação de galinha-caipira, floricultura, plantio e beneficiamento de mandioca e pesca artesanal.
Na última sexta-feira (22), uma reunião da equipe da Emater com os beneficiários, na sede do escritório local da Emater, no centro do município, reforçou as orientações sobre a aplicação devida dos recursos, de acordo com cada projeto desenvolvido pela Emater.
“O impacto da injeção de verba em realidades que antes se resumiam a subsistência é de curto, médio e longo prazos. Eram iniciativas de tradição, de sucessão entre gerações, porém minúsculas. O que podemos garantir é que tal impulsionamento repercute em qualidade de vida, trabalho, renda e movimentação da economia das comunidades e do município”, posiciona-se o chefe do escritório local da Emater em Santa Bárbara, o engenheiro de pesca Jovelino José Itapirema, especialista em Gestão Pública.
A continuidade do atendimento da Emater em relação às famílias inclui a oportunidade de crédito rural da linha Acredita, do Banco da Amazônia (Basa), em contratos individuais de até R$ 10 mil.
25/02/2025 12h09 - Atualizada em 07/07/2025 18h52 Por Aline Miranda