Emater fortalece produção de galinha caipira no município de Breves no Marajó

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará orienta boas práticas de manejo para cerca de 70 famílias da zona rural

27/03/2024 05h48 - Atualizada em 05/12/2024 02h15
Por Aline Miranda

Foto: Divulgação 

Com o apoio dos escritórios local e regional da Emater, a avicultura familiar é desenvolvida na região há uma década, com foco em corte. Cada família trabalha com cerca de cem bicos. O objetivo agora, do recém-instituído projeto Frango Legal, é profissionalizar cada vez mais a cadeia produtiva, de acordo com a legislação do setor e visando à ampliação de mercados. 

Os avicultores em questão distribuem-se ao longo da rodovia PA-159 (estrada Breve-Anajás), com concentração no distrito-sede e na colônia Tancredo Neves, no km 17.  A comercialização é direta em feiras, do frango vivo ou abatido, e também para a merenda escolar do município, via o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). 

Desde o começo do ano, as equipes da Emater têm reorientado questões específicas de reestruturação de aviário e condições de abate, com visitas diretas às granjas e treinamentos, em conformidade com as diretrizes dispostas pela Agência de Defesa Agropecuária (Adepará). 


“É um trabalho de tradição já em Breves. São produtores que trabalham, ainda, com extrativismo de açaí e plantio de mandioca, então a galinha-caipira entre como mais uma alternativa de segurança alimentar e de geração de renda”, contextualiza o chefe do escritório local da Emater em Breves, Marinaldo Gemaque, engenheiro agrônomo.

Calendário

De 10 a 12 de abril, uma nova capacitação sobre boas práticas continuará o processo de regularização dos empreendimentos. À frente estará a veterinária Karine Sarraf, supervisora-adjunta do escritório regional das Ilhas: ela é especialista em Saúde Pública, especialista em Gestão de Agronegócios, com Ênfase em Agricultura Familiar e mestra em Inspeção Sanitária.

A profissional atenta que o primeiro passo é reconhecer a realidade do nível tecnológico de cada produtor para o apontamento de ajustes, tais quais aplicação de vermífugo, aquisição de pintinhos e limpeza de aviário: 

“Mas, falando em termos gerais, o acompanhamento por um profissional habilitado para avaliar a sanidade do rebanho, se o manejo nutricional está compatível com o sistema de criação, com o tipo de aves, com a proposta da produção, para carne ou ovos; só com o fato de um profissional habilitado já é possível corrigir de imediato algumas falhas, sem necessidade de mais investimento financeiro. Seria uma mudança de costume”, explica. 

Texto de Aline Miranda