Emater cadastra assentados de Irituia para comercialização de produtos

Nessa quarta-feira (26), o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Irituia, no Rio Capim, sob o suporte do escritório regional de São Miguel do Guamá, realizou uma força-tarefa para emissão de cadastros nacionais da agricultura familiar (cafs) no assentamento federal Luís Carlos Prestes, situado no Km 19 da rodovia Br-010.

Correspondente a uma diligência com a Associação de Produção e Comercialização do Assentamento Luís Carlos Prestes (Aprocalpes), a ação contemplou dez famílias e registrou a demanda imediata de pelo menos outras 15. As principais atividades socioeconômicas são pecuária de corte e leiteira, plantio e beneficiamento de mandioca e criação de galinha-caipira. 

“O caf é um documento de grande valia e a Emater é indispensável no processo, de uma ponta à outra. Nossa atuação mobiliza, informa e conscientiza para as políticas públicas e contribui quanto à garantia de direitos”, diz a chefe do escritório local da Emater em Irituia, a pedagoga Wagma Monteiro, especialista em Gestão Escolar e em Língua Portuguesa e Análise Literária. 

Com o caf, os agricultores passam a ter acesso preliminar instantâneo a quaisquer políticas públicas de âmbito rural. Um dos objetivos do atendimento da Emater no território é apoiar a participação em um edital futuro do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Prefeitura. A previsão é que em 2025 os produtos comprados dos agricultores pelo governo sejam destinados ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e à Pastoral da Criança. 

Direitos 

Já de caf em mãos, Lucivaldo Cordeiro, de 43 anos, presidente da Aprocalpes, salienta a importância da Emater: “Eu, como agricultor, fazia 15 anos que aguardava esta documentação. É um motivo de alegria, uma chegada bastante comemorada. Na prática, a Emater ao nosso lado significa que podemos conseguir tudo a que temos direito. A Emater é uma ponte de oportunidades”, considera a Liderança, à frente de 22 associados. 

Cordeiro é proprietário do Sítio Leiciane - batismo em homenagem à filha mais velha, de 18 anos. A família constitui-se, ainda, da esposa Lenilda, de 44 anos, e da filha caçula do casal, Luane Vitória, de 12 anos.

Eles trabalham com cultivo de açaí, caju, hortaliças, laranja, limão, mandioca e pupunha. Apenas de açaí, constam mais de três mil pés, e de hortaliças, 15 leiras.