parceria com a Companhia Têxtil de Castanhal já movimenta pelo menos nove municípios
11/02/2025 09h58 - Atualizada em 13/03/2025 11h53 Por Aline Miranda
Em 2025, 182 famílias de nove municípios do nordeste paraense já estão confirmadas para plantar malva comercialmente sob a referência da parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e a Companhia Têxtil de Castanhal (CTC).
O termo de cooperação técnica entre as duas entidades planeja reabilitar a cadeia produtiva da fibra, com geração significativa de renda no meio rural. Pelas tratativas, a CTC deve absorver toda a produção de sementes e proporcionar lucro estimado de R$ 10 mil sobre cada hectare.
Os agricultores de Aurora do Pará, Capitão-Poço, Dom Eliseu, Nova Esperança do Piriá, Mãe-do-Rio, Paragominas, São Miguel do Guamá, São Domingos do Capim e Ulianópolis vêm recebendo orientação direta dos especialistas desde o ano passado, quanto a preparo de área e ao cultivo em si. Já comunidades de Garrafão do Norte, Ipixuna do Pará e Irituia encontram-se em fase de visitas e reuniões, no sentido de prospecção de interessados.
“Ao longo de 2024 até agora, janeiro, realizamos 484 visitas a agricultores da região, a fim de verificarmos a viabilidade de produção de sementes. Além disso, organizamos 34 reuniões nas comunidades e um encontro técnico em São Miguel do Guamá, em junho passado, com os 12 municípios da jurisdição e mais Bujaru, 38 representantes no total, para apresentarmos com mais profundidade a cultura da malva, com dois dias de capacitação”, aponta o supervisor do escritório regional da Emater em São Miguel do Guamá, Wildson de Moraes, engenheiro agrônomo.
Um encontro na última sexta-feira (7), na seda da CTC, em Castanhal, na Região Metropolitana de Belém (RMB), reforçou o planejamento para os próximos meses. Estiveram presentes as equipes locais e regional da Emater, vereadores, vice-prefeitos e secretários municipais. O grupo também visitou as instalações da fábrica.
Campo
Na Colônia Castanheira, em Nova Esperança do Piriá, o agricultor José Nascimento, de 58 anos, começará o plantio de malva semana que vem. A disponibilidade é para um hectare dentro do Sítio São José Cidapar II, onde a família trabalha com mandioca, milho e feijão.
Nascimento relata-se com boa expectativa: “Pra gente, tá sendo bem vantajoso, porque o suporte é total, chega tudo estruturado: insumo, acompanhamento. Nosso principal investimento é área e mão-de-obra”, conta.
Ao que ele chama de “aventurar renda”, dependerá do retorno: “Vai dar certo e por isso pretendo continuar, sim”, considera. A previsão de colheita é para outubro a novembro.