Recursos devem ser investidos na pecuária a partir do aumento do rebanho de vacas leiteiras e da aquisição de animais melhorados geneticamente
20/03/2024 08h48 - Atualizada em 20/11/2024 01h22 Por Aline Miranda
foto: Divulgação
Em Goianésia, na região do Lago do Tucuruí, com crédito rural em mãos, o produtor rural João Evangelista Alves, de 47 anos, quer aumentar o rebanho de vacas leiteiras das 12 atuais para pelo menos mais dez. O objetivo é, com mais animais de genética melhorada, em específico da raça girolando, aumentar também, em pelo menos 80%, o volume de leite ordenhado diariamente.
No Sítio Jardim do Amor, no Núcleo 4 do assentamento Ararandeua, o leite é uma das fontes de alimentação e de renda, junto com mandioca e milho. Vendido para um laticínio vizinho, o leite acaba transformado em muçarela.
“A ideia é expandir o negócio, com mais produção e mais lucro. Eu penso que dá pra aplicar dinheiro no pasto, ainda, e introduzir matrizes que dão muito mais leite”, detalha.
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Apoio da Emater
Atendida pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) desde 2022, a família Alves é uma das 23 assentadas da reforma agrária de Goianésia que devem receber crédito rural ainda este semestre para investir em pecuária mista.
Os projetos elaborados pela Emater para o Ararandeua, no setor Cinco Irmãos, a 65 km da sede do município, são de contratos individuais de R$ 40 mil com o Banco da Amazônia (Basa), pela linha A do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
No começo de março, mais uma etapa do processo de habilitação para o acesso à política pública foi cumprida, com a entrega dos cadastros nacionais da agricultura familiar (cafs). A previsão é de que a proposta de montante, a qual ultrapassa os R$ 900 mil, comece a tramitar no Banco já em abril.
De acordo com o chefe do escritório local da Emater em Goianésia, o engenheiro agrônomo José Luís Lopes, o crédito rural na história dos assentados do Ararandeua é um incentivo inicial na infraestrutura da cadeia produtiva: “São agrovilas que estão começando agora a profissionalizar a criação de gado, então a estratégia é de povoamento, de segurança alimentar e de diversificação de renda”, explica.
Texto de Aline Miranda