Depois de uma década, Emater retoma crédito rural para assentamentos de Senador José Porfírio

28/04/2020 16h08 - Atualizada em 19/11/2024 01h38
Por Aline Miranda

"Neste tempo de crise mundial, em que é necessário a gente se reinventar, a Emater-Pará tem procurado soluções, tem procurado se reinventar, porque o agricultor tem sofrido tanto quanto todos nós. As oportunidades de trabalho e renda estão muito restritas, mas a importância da Emater é fundamental para a segurança alimentar e para a aplicação de políticas públicas no campo. Isso melhora não só a vida do agricultor, mas toda a economia do município", é o que diz a presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), Cleide Amorim, quanto ao fato de famílias assentadas da reforma agrária de Senador José Porfírio, na Transamazônica, voltarem a receber crédito rural depois de mais de uma década de privação. 


 A reconquista está sendo possível por uma parceria entre o escritório local da Emater, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e organizações sociais de agricultores. 

A previsão é de que, passada a quarentena necessária por conta da pandemia provocada pelo novo coronavírus, pelo menos 30 famílias de três comunidades da vicinal Transunião, no assentamento Ressaca, no Pólo 2 do município (Acesso 6, Planalto e Novo Transunião), recebam R$ 25 mil cada, da linha A do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), pelo Banco do Brasil (BB), para expandir e melhorar lavouras de cacau.

“Já selecionamos as famílias, mobilizamos, mas ainda é preciso um levantamento de campo, com reuniões físicas, uma etapa que foi interrompida por causa da pandemia. Assim que as coisas normalizarem, de imediato voltamos à prática e esse crédito será liberado”, explica o chefe do escritório local da Emater, o técnico em agropecuária Arino Tabosa. 

De acordo com a Emater, a experiência no assentamento Ressaca é de caráter piloto, visto que a demanda imediata no município para o perfil é muito maior: “Este é só um primeiro passo. Organizaremos o carecimento conforme nossa capacidade de atendimento e com certeza supriremos essa necessidade em Senador, porque é uma política essencial, de desenvolvimento sustentável”, exorta. 





A ação-piloto