Com Emater, pescadores de Santa Cruz do Arari podem receber mais de R$ 250 mil de crédito

Força-tarefa emitiu cadastros nacionais da agricultura familiar (cafs), documento de acesso a políticas públicas

24/07/2024 11h07 - Atualizada em 05/09/2024 08h50
Por Aline Miranda

Pilotando um motor-rabudo pelas águas do rio Arari, em uma semana o pescador Vailton Pamplona, de 34 anos, chega a fisgar até 400 quilos de espécies como pescada e tamuatá, na habilidade de instrumentos como rede e tarrafa. A maior parte do produto serve a mesa da própria família, no dia a dia. “Aqui é peixe todo dia: frito, assado. Ser pescador no Marajó não digo que seja a profissão mais fácil, digo que é mais ou menos, mas a gente consegue se alimentar porque o resultado do nosso trabalho é alimento”, diz. 

Vailton é um dos 66 ribeirinhos do município de Santa Cruz do Arari sob a expectativa de, até fim de agosto, receber crédito rural, via projeto do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). As propostas no valor individual de R$ 4 mil do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) tramitam no Banco da Amazônia (Basa), em um total de R$ 264 mil,  e visam à compra e renovação de apetrechos para pesca artesanal. 

Moradores da zona periurbana e das comunidades Boa Vista e Jenipapo, os pescadores em questão trabalham sobretudo com aracu, piranha e traíra. 



Atendimento 

Ao longo de julho, uma força-tarefa da Emater, reforçada pelas equipes  do escritório regional das Ilhas e do escritório da limítrofe Cachoeira do Arari, emitiu 56 cadastros nacionais da agricultura familiar (cafs) para esse mesmo público, de modo a tornar viável imediatamente o acesso a crédito rural, entre outras políticas públicas para  o segmento. 

De acordo com o assistente administrativo da Emater, Marcelo Beltrão, “a atuação da Emater é importante, é fundamental, para a população da pesca artesanal, para que possam adquirir equipamentos, atualizar-se na tecnologia; em consequência, vão pegar mais peixe, melhorar a economia da família, além de o dinheiro circular dentro do município, o que alavanca também a economia do município”, contextualiza.