Com atendimento da Emater, gerações de trabalhadoras rurais conquistam direitos e protagonismo no PA

08/03/2024 08h00 - Atualizada em 18/11/2024 08h03
Por Aline Miranda

Foto: Divulgação

Elene Elda Mota, de 28 anos, moradora das margens do rio Arauaia, em Barcarena, na região do Tocantins, planta cacau e transforma em chocolate, continuando uma tradição que começou com a avó, Ermerinda, já falecida, e se fortaleceu com a mãe, Maria Joana, de 56 anos, agora parceira da alquimia do dia a dia, no Sítio Duas Irmãs. 

As duas filhas de Mota, bisnetas de Ermerinda e netas de Maria Joana, Geane, de sete anos, e Ellen Vitória, de 12 anos, são as Duas Irmãs que dão nome à propriedade e as próximas sucessoras do negócio da família: Arauaia Cacau de Origem (Instagram: @arauaiacacaudeorigem). 

“Somos uma família de maioria mulher, com muito orgulho da nossa jornada e da nossa ancestralidade”, emociona-se a agricultora Mota.

As gerações ali são atendidas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) há décadas. “Como diz o ditado: lugar de mulher é onde ela quiser. E um dos lugares onde quero estar é sempre ao lado da Emater”, diz. 

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Parceiras - A história de Elene Elda, Ermerinda, Maria Joana, Geane e Ellen Vitória, também é a história de cada escritório da Emater nos 144 municípios e nas 12 regiões de integração paraenses. 

Com o apoio do Governo do Estado, a família Mota é uma entre as mais de 28 mil mulheres atendidas direta e regularmente pela Emater, de acordo com dados do Relatório Institucional 2023. São milhares de artesãs, assentadas da reforma agrária, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, extrativistas, lavradoras, pescadoras artesanais, entre outras trabalhadoras do campo. 

As mulheres de Barcarena, por sua vez, são atendidas por uma equipe comandada por outra mulher: a técnica em pesca Cristiane Brito, de 39 anos, há 18 anos servidora da Emater, chefe do escritório no município. Conforme a Coordenadoria de Administração e Desenvolvimento de Recursos Humanos (Codes), cerca de 30% do funcionalismo extensionista atualmente são mulheres. 

“Eu enxergo como natural o processo de ascensão, conquistas e sucesso das mulheres dentro e fora da Emater. Temos o que temos, conseguimos o que conseguimos, por competência. Se estamos alcançando vitórias, é porque batalhamos”, afirma.

Conquistas - Elene Elda conta que a Emater abriu as portas para a comercialização: “A Emater nos leva e leva nossa marca para feiras, eventos, outros Estados, outros municípios. É a melhor propaganda e o melhor canal de vendas que possuímos”, relata.

Na segunda-feira (4), nesta semana de comemoração do Dia das Mulheres, a marca Arauaia conquistou mais uma divulgação, em Belém, durante a Expo Mulheres da Amazônia, na Estação das Docas, na festa de lançamento pelo Governo do Estado do "Por Todas Elas", projeto de fortalecimento de ações dos órgãos para o público feminino.

Na ocasião, foi implementado o Fórum Estadual de Políticas para Mulheres, do qual a Emater faz parte. O objetivo do Fórum é promover debates e desenvolver estratégias de políticas para as mulheres, em todos os segmentos sociais e produtivos. 

Texto: Aline Miranda - Ascom/Emater