07/05/2020 20h57 - Atualizada em 27/10/2024 22h09 Por Aline Miranda
Neste momento de pandemia, agricultores vulneráveis socioeconomicamente do município de Cachoeira do Piriá, no nordeste do Estado, recebem o crédito rural especial, por meio do atendimento do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). Trata-se de quilombolas, pescadores artesanais e extrativistas considerados abaixo da linha da pobreza, com dificuldades para o próprio sustento.
Os projetos da Emater são do Amazônia Florescer, uma linha de microcrédito do Banco da Amazônia (Basa) de apoio a empreendimentos com geração de emprego e renda. Ao todo, R$120 mil serão distribuídos. Cada agricultor receberá valores entre R$ 2,5 mil a R$ 5 mil, com tempo de carência para o início do pagamento de dois anos, a juros de 0.5 % ano e abatimento de 25%.
Um dos objetivos do recurso é a aquisição de apetrechos de pesca, estruturação da criação de frango caipirão e suínos (compra de comedouros, bebedouros) e aquisição de insumos para piscicultura (ração e alevinos) para os açudes e viveiros das propriedades. Com o incentivo na produção, as famílias poderão dispor de mais alimentos produzidos por elas próprias, para consumo, e incrementarão a renda com o excedente, comercializando.
Cinco famílias da comunidade quilombola Camiranga e quatro extrativistas da comunidade Boa Esperança, receberam os recursos em fevereiro. O restante deverá ter acesso assim que a quarentena for oficialmente relaxada.
“O crédito está liberado, mas temos uma preocupação imensa em resguardar a saúde das comunidades, por isso ainda não estabelecemos uma logística para que eles possam se deslocar até o Banco ou para que nós possamos ir, presencialmente, até eles. Executaremos tal etapa somente quando for minimamente seguro para todos”, explica o chefe do escritório local da Emater, o engenheiro de pesca Jovelino José Itapirema.